quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Anônimo

melhor perder as esperanças do que continuar com elas.

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On really romantic evenings of self, I go salsa dancing with my confusion

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Eu tento andar mas quando
Alguém aparece me perco

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mas vamos deixá-los e seguir pela cidade. podemos andar sob estes telhados sem apanhar sereno

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Sobre a mesa uma pasta, uma bolsa, um guarda-chuva preto (e um céu que não queria chover), adoçante, açúcar (esqueceste de pedir o mascavo), sorrisos largos, uma bandeja "suicida", uma fatia gigantesca de torta (que tu juraste que não comeria inteira), um café com leite, um expresso duplo, pequenos goles, grandes planos. e quatro mãos que matavam a saudade.
- um dia, casa comigo?
- caso.

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Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão.No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na mesa todos completam esse romântico trabalho.Desgraçadamente falta uma letra,uma letra somente para acabar teu nome!
- Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
"Neste país é proibido sonhar."

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escrevi que toda minha vida convergia para ele e que era só dele que iria se irradiar de hoje em diante. Quero te dizer também que nós, as criaturas humanas, vivemos muito (ou deixamos de viver) em função das imaginações geradas pelo nosso medo. Imaginamos consequências, censuras, sofrimentos que talvez não venham nunca e assim fugimos ao que é mais vital, mais profundo, mais vivo. A verdade, meu querido, é que a vida, o mundo dobra-se sempre ás novas decisões.

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dentro de mim guardo sempre teu rosto e sei que por escolha ou fatalidade, não importa, estamos tão enredados que seria impossível recuar para não ir até o fim e o fundo disso que nunca vivi antes.

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talvez um dia você vá ficar sozinha no meio da chuva, como uma sombrinha

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A noite estava putamente clara iluminando seus rostos com um azul cinema e a brisa fazia o cheiro dele penetrar na carne dela. cansados de tanto correr com os pés afundados de areia fina, fugindo dos sentimentos, das emoçoes, do cansaço, da indiferença, do esquecimento, eles caem.

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não é amor, é a dopamina, feniletilamina, epinefrina, norepinefrina, oxitoxina, serotonina e as famosas endorfinas. o amor é causado por um fluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da pessoa apaixonada. amor é matéria de escola, são muitos nomes? sem eles não se apaixonaria. a ação de algumas dessas substâncias é parecida à ação dos narcóticos, o que explica de certa forma a oscilação entre sentimentos contraditórios como euforia e depressão. característica comum a drogados e apaixonados. mas como toda droga, com o passar do tempo o organismo vai se acostumar e adquirir resistência à essas substâncias, precisando de doses cada vez maiores para provocar o mesmo frenesi do inico da paixão. após três ou quatro anos de delírio a paixão já se esvaceu por completo, nesse estágio, bye, bye. alguns cientistas afirmam que você não poderia ficar apaixonado por muito tempo, afinal morreria de tanta adrenalina.

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